No
ano do centenário de Porto Velho o que temos é uma cidade suja, fedorenta,
desordenada e caótica. Assim se descreve a capital de Rondônia - Porto Velho.
Ora, quando dizem que a nossa cidade mais lembra uma favela do que uma cidade
(Capital!) há quem não goste. Lembremos do período eleitoral passado, durante
uma sabatina quando um dos candidatos a prefeitura disse que Porto Velho era
uma favela e, o atual gestor rebateu de imediato com os dizeres: "eu não
moro em uma favela e tenho certeza quem está aqui também não’’, que consequentemente
foi ovacionado pelo público ali presente. Resumindo: o portovelhense não gosta
da verdade, residir na mentira é mais cômoda e confortável.
Além dos atuais gestores que
levam nossa cidade às ruínas, há outro grande problema, o verdadeiro câncer da
cidade: o portovelhense. Aquele portovelhense que joga o lixo na rua, em
igarapés; que estaciona o seu veículo em paradas de ônibus, estaciona em vagas
destinadas a deficientes físicos, na calçada obstruindo a passagem dos
pedestres; que liga o som de seu carro em volumes exorbitantes para que todos
possam ouvir a sua "boa música"; aquele que pensa que o seu direito é
mais importante que o do próximo; o mesmo que pega ônibus cheio todo dia e
apenas reclama; que bajula “apresentadores” locais de televisão; o que reclama
da rua escura, das alagações, dos buracos etc e, que não sai do seu conformismo
e Facebook para reivindicar seus direitos e mudar a situação atual. Enfim, o mesmo que depois acha-se no direito de reclamar da cidade
por aí. Esse ano Porto Velho fará 100 anos de emancipação - centenário! E o que
temos para comemorar? Nada. Pois enquanto nossa cidade e o portovelhense não
mudarem, nada se comemora, nada cresce, desenvolve, enfim, nada muda.
Caro
portovelhense, não se iluda. Nada muda se você não mudar.
Autor: Marcelo Negrão, tem 17 anos, estudante de Administração.